A Coriorretinopatia Serosa Central é uma doença que acomete um ou os dois olhos, deixando a visão embaçada e/ou distorcida quando acomete a região macular (região da retina responsável pela visão central, nitidez de detalhes e cores). Uma outra queixa são os pontos cinzas na região central. É uma doença idiopática que se caracteriza por espessamento da coróide (rede vascular responsável pela nutrição da retina externa) e um vazamento vascular focal ou difuso, através do epitélio pigmentado da retina lesado, e que provoca um descolamento seroso da retina secundário.
Em alguns casos, essa doença pode estar relacionada ao estresse, uso de corticoides, dentre outros fatores, possivelmente por aumento dos níveis do hormônio cortisol. Ocorre um “vazamento” de líquidos dos vasos sanguíneos que estão com a permeabilidade aumentada devido à doença. Com o acúmulo destes fluidos, há chances de a retina descolar, especificamente na região central, justificando as queixas dos pacientes.
A maioria dos pacientes que apresentam essa doença tem entre 25 e 45 anos, e grande parte deles são homens (mas isso não significa que a doença não atinja as mulheres).
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da Coriorretinopatia Serosa Central pode ser feito a partir de um mapeamento de retina e confirmado por outros tipos de exames, como a Tomografia de Coerência Óptica ou a Angiofluoresceinografia, que indica, por meio dos pontos fluorescentes, onde há o vazamento de líquido.
Em relação ao tratamento, normalmente a doença tende a desaparecer, de forma natural, alguns meses após a queixa dos primeiros sintomas, sem comprometer a visão do paciente. Porém, existem pacientes que apresentam recorrência da doença e casos crônicos. Nestes casos, há algumas opções de tratamento, como:
• Fotocoagulação/Fotoestimulação à laser: tem o objetivo de “fechar” os pontos de vazamento de líquido ou estimular as células do epitélio pigmentado da retina
• Terapia fotodinâmica com Verteporfirina: o foco é diminuir a permeabilidade coroideana, por onde ocorre o vazamento de líquidos
A escolha do melhor tipo de tratamento é feita pelo retinólogo, pois somente ele é capaz de avaliar os riscos e benefícios para cada caso.
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