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  • Foto do escritorDr. Huber Vasconcelos

O que é a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) ?

A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma doença que pode levar a uma perda visual irreversível, principalmente na população idosa. O Brasil não tem uma estatística consolidada sobre este tipo de manifestação, mas, nos Estados Unidos, estima-se que ao menos 2,1 milhões de pessoas com mais de 50 anos sofram com a forma mais avançada da DMRI.


A projeção de especialistas no mundo todo é que, cada vez mais, aumente o número de pessoas com essa doença, já que a população mundial está envelhecendo. Para se ter uma ideia, um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que daqui a 19 anos, em 2039, o Brasil terá mais idosos do que crianças. Hoje, nossa população é composta por 9,5% de idosos, contra 21,1% de crianças e adolescentes.

A DMRI é uma doença degenerativa que afeta a mácula – parte central do olho responsável pela nitidez da visão. Quem sofre deste tipo de degeneração pode perder a visão central, o que significa perder os detalhes da visão. Ou seja, as pessoas têm dificuldade para ler, dirigir, assistir televisão e não conseguem identificar e reconhecer as pessoas.


Diversas são as classificações encontradas na literatura, mas será descrita a seguir a utilizada pelo estudo AREDS e simplificada pelo consenso da Academia Americana de Oftalmologia (2):


a) Sem DMRI (AREDS categoria 1): nenhuma ou poucas drusas pequenas (menos de 63 micra de diâmetro)

b) DMRI leve (AREDS categoria 2): combinação de múltiplas drusas pequenas, poucas intermediárias (63 a 124 micra de diâmetro), ou anormalidades do EPR (epitélio pigmentadoda retina).

c) DMRI intermediária (AREDS categoria 3): drusas intermediárias extensas, pelo menos uma drusa grande (maior ou igual a 125 micra de diâmetro) ou atrofia geográfica não envolvendo o centro da fóvea.

d) DMRI avançada (AREDS categoria 4): caracterizado por pelo menos uma das características abaixo (sem outras causas):

- Atrofia geográfica do EPR e coriocapilar envolvendo o centro da fóvea; ou

- DMRI exsudativa (maculopatia neovascular), definida como: neovascularização de coróide; descolamento seroso ou hemorrágico da retina neurosensorial ou do EPR; exsudatos lipídicos (fenômeno secundário de extravasamento vascular de qualquer fonte); proliferação fibrovascular subrretiniana ou sub-EPR; cicatriz disciforme.


*Drusas: São depósitos de coloração amarelada localizadas sob a retina

Esta deterioração da mácula ocorre gradualmente, muitas vezes sem que a pessoa sinta as alterações. O avanço da doença pode ocorrer de forma lenta e gradual ou até mesmo evoluir rapidamente, por isso o diagnóstico precoce é tão importante.

A DMRI pode ser descoberta por meio do exame de fundo de olho ou outros procedimentos, como a retinografia, a angiofluoresceínografia, a indicianinografia e a tomografia de coerência óptica (OCT). O médico oftalmologista avalia a necessidade de pedir ou não cada um dos exames para ter um detalhamento melhor sobre a degeneração macular.

A degeneração pode se manifestar em dois tipos: tanto da forma seca, quanto da forma exudativa, ou úmida (neovascular). Para forma neovascular, o controle da degeneração é feito por meio de injeções intravítreas, cuja eficácia foi comprovada, com manutenção da visão útil do paciente por mais tempo. Já na forma seca da doença, há uma série de medicamentos sendo estudados para entrar no pipeline para o tratamento e vitaminas utilizadas com o intuito de retardar sua progressão.

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