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  • Foto do escritorDr. Huber Vasconcelos

Posso herdar uma doença ocular dos meus pais?

Você sabia que algumas doenças que afetam nossa visão são hereditárias, ou seja, são passadas de pai para filho? Além das hereditárias monogênicas, doenças multifatoriais como erros de refração, glaucoma, DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade - já falei sobre ela aqui no Blog, para ler, basta clicar aqui!), são mais frequentes quando alguém da família já teve o problema.





Isso não significa que elas possam obrigatoriamente se manifestar, mas que há o risco de que se manifestem em algum momento de nossas vidas. O câncer, por exemplo, também uma doença multifatorial, ocorre por herança familiar, segundo o Instituto Nacional do Câncer, entre 5% e 10% dos casos.


A melhor forma de abordagem é, quando há um caso de alguma doença ocular na família, fazer o acompanhamento periódico com o oftalmologista desde a infância, para que o diagnóstico e um possível tratamento sejam precoces e as consequências para a perda da visão seja as menores possíveis.


E como descobrir se tenho o risco de herdar uma doença dos meus pais?

O primeiro passo é relatar todos os casos de doenças oculares da família ao médico oftalmologista. Normalmente, os especialistas em genética ocular conseguem avaliar o risco maior ou menor de manifestação de determinadas doenças de acordo com este histórico familiar e com o diagnóstico clínico correto.


Além disto, uma outra alternativa para se precaver e diagnosticar precocemente doenças herdadas geneticamente é o mapeamento/teste genético. Por exemplo, um casal que pretende ter filhos pode, por meio do testes genéticos específicos, entender a probabilidade do filho ter certas doenças oculares.


Assim, quando é identificada a propensão genética ao desenvolvimento de determinado problema de visão, o médico oftalmologista e a família podem aumentar as chances de um diagnóstico precoce e de uma rápida intervenção caso possível.


Identificar o risco do desenvolvimento hereditário de uma doença não significa que os filhos vão ter esta doença, mas sim que os médicos e a família terão consciência dessa possibilidade e poderão tomar os devidos cuidados, seja para identificação precoce, ou para acelerar o tratamento e uma possível recuperação. O objetivo principal é aumentar a qualidade de vida de todos.

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