A telangectasia retiniana é uma condição relativamente comum. Porém, grande parte dos casos ocorre em decorrência de um outro problema na retina, como, por exemplo, uma inflamação ou oclusão vascular, características da retinopatia diabética e oclusão venosa retiniana. Quando isso ocorre, a telangectasia é caracterizada como secundária.
As telangectasias retinianas primárias são mais raras e abrangem um grupo de doenças vasculares retinianas, idiopáticas, congênitas ou adquiridas, que têm como características:
Dilatação e tortuosidade dos vasos sanguíneos retinianos
Múltiplos aneurismas
Vazamento vascular
Deposição de exsudatos duros.
Essas malformações vasculares tendem a progredir, e os sintomas se manifestam no decorrer da vida.
Telangectasia macular idiopática
Ainda não se sabe exatamente a causa da telangectasia macular idiopática, mas há suspeita de que haja algum fator genético que influencie na sua manifestação. Ela é subdividida em:
Telangectasia aneurismática (tipo 1 - MacTel type 1): pode estar relacionada à Doença de Coats, é congênita e unilateral. Pode afetar o polo posterior ou inclusive a periferia retiniana. Normalmente, ela ocorre em homens de meia-idade.
Telangectasia perifoveal (tipo 2 - MacTel type 2): afeta igualmente ambos os sexos, também na fase da meia idade. Ele atinge os dois olhos e causa embaçamento central. É mais comum que o tipo 1 e receberá atenção especial em publicação futura.
Telangectasia macular tipo 3 (MacTel type 3): Rara e pouco entendida fisiopatologicamente, caracterizada por uma oclusão dos vasos afetados.
O diagnóstico é feito por tomografia de coerência óptico, a OCT. O tratamento vai depender da classificação e de cada caso, mas em geral pode ser combinada a fotocoagulação a laser com injeções intravítreas que reduzem o edema macular, melhorando a visão. Dependendo do tipo e apresentação, ainda não há tratamento disponivel.
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