Um dos tipos raros e hereditários de miopia é a chamada miopia degenerativa ou patológica. Ela é caracterizada por um alongamento anteroposterior progressivo do globo ocular, que pode provocar uma série de alterações nas estruturas do olho.
De acordo com a Academia Americana de Oftalmologia, esta doença atinge cerca de 3% da população e é a principal causa de cegueira legal. Uma possível maculopatia secundária é a causa mais comum de perda visual.
A miopia é um dos erros de refração mais comuns. Ela é caracterizada pela dificuldade de enxergar de longe: as imagens distantes ficam borradas. Em contrapartida, objetos próximos são vistos com nitidez. Isso ocorre porque os raios de luz são focados na frente da retina, seja porque a córnea é muito curva, porque o eixo do globo ocular é muito longo, ou ambos. Diferentemente da miopia degenerativa, ela geralmente não provoca perda irreversível da visão por problemas retinianos e pode ser corrigida pelo uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa.
Indivíduos que sofrem com a miopia degenerativa tendem a apresentar um maior risco de descolamento de retina, além de outras doenças como catarata e glaucoma. Os principais sintomas relacionados à doença e às alterações retinianas secundárias são: distorção da visão, manchas e flashes de luz na visão central, alteração na percepção de cores, entre outros. Normalmente, eles aparecem na primeira infância, mas os pacientes podem ser assintomáticos, a depender das alterações retinianas associadas.
Os portadores da miopia degenerativa devem fazer um acompanhamento oftalmológico regular para identificar o surgimento ou evolução de quaisquer das alterações já existentes. Apesar de não ter cura, existem estudos/tratamentos que visam o controle da progressão da doença nos anos iniciais de progressão, além de suas alterações oculares secundárias.
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